Ontem foi dia de voo pelo Nepal

É verdade, às Terças este vosso familiar pega no penico, nas ceroulas e nas botelhas com o precioso destilado (necessário visitar o site das aventuras anteriores para perceber o equipamento) e faz-se aos ares com mais três camaradas. É a minha vertente aeroclube de aventuras, uma das três áreas que exerço nos ares virtuais. Se não pedirem muito, um dia destes ainda detalho isto. Fica a ameaça.

Bom, no momento, prossegue-se com a (longa) viagem que nos levou do Gerês ao Nepal, passando por Espanha, França, Suíça, Croácia, Albânia, Grécia, Turquia, Irão, Afeganistão, Paquistão, Índia e finalmente o Nepal. Presentemente andamos às voltas no dito cujo a ver se arranjamos maneira de sair daqui. Do ponto de vista de pilotagem a coisa aqui é um bocado agressiva porque isto de andar a aterrar nos Himalaias, sempre no meio das nuvens, tem que se lhe diga. Ontem, como podem ver pela foto inicial, estava, para variar, uma nevoeirada do camandro. Mas a coisa até foi relativamente fácil. Um luxo, diria mesmo. O aeroporto de destino tinha uma rádio-ajuda que permitia a orientação no meio da "sopa" (termo usado para caracterizar o ambiente quando se olha para fora da janela e só se vê o cinzento das nuvens) e, apesar da visibilidade ser para o curto, a pista, além de ser em betão, era iluminada e comprida (lá nas montanhas a coisa é mais em relva ou terra batida, pequenina e com muitos montes à volta prontinhos a devorar o pássaro metálico). Correu tudo bem, e o vasilhame chegou sem mácula a Nepalganj, situado em plena planície Sul do país.

Mas, esteja bom ou mau tempo, uma coisa é certa: aqui no Nepal as paisagens são sempre deslumbrantes, pelo que além da camaradagem ao longo do voo, disfruta-se a natureza.
Directamente de Nepalganj reporta, quiçá o vosso familar mais afastado (virtualmente, tá visto), Miguel Aviador