13 novembro 2005

Brincolage



Chama-se brincolage porque a gente brinca, cola e age. Às vezes também serra, pole, lixa, martela etc. mas a raiz da palavra é tal qual eu defini.
Pois eu andei durante a semana passada a compor umas prateleiras (que conforme o nome diz servem para pôr pratos) que irão decorar um buraco ex-existente, proveniente de uma lareira que foi desactivada.
Comprei umas tabuazitas nos refugos do IKEA e lá foi disto.
As fotos que acompanham esta entrada (que é um post à portuguesa) são da evolução da obra e pretendem demonstrar que as minhas apregoadas "manitas de mierda" não o serão assim tanto.

6 comentários:

Tio Mário disse...

Porsupuesto que no sejas un manitas de plata, pero que me pares um mclaughlin del brico, me pare.

Vale (bale) hermano de mi mujer.

És un carino postante.

Anónimo disse...

Quanto às "manitas de mierda" que apregoas, espero que não te estejas a refeir às tuas irmãs.
De mierda ou non é o que tens.
Conforma-te! que nós tentaremos fazer o mesmo...

Miguel Aviador disse...

Penso que se está aqui (nos comentários) a descurar o momento climático (de climax, não comecem já a pensar que estou a falar do tempo - do tempo meteorológico, não é do tempo "horário", irra que nunca mais saio deste novelo...) que é o da congeminação artística do enchimento do espaço subitamente disponível. O olhar para o vazio e ver a obra feita. O elaborar mental das formas, utilidades e versatilidades no uso. Repare-se na humildade do autor - tudo começa por simples prateleiras, finalidade estéril, como o próprio indica. Mas em breve o artista (que sim, que de um artista se trata), transforma o espaço, confere-lhe a ubiquidade de usos, de um momento para o outro vemos o tambor, a pirâmide asteca de caixas multi-funções cuidadosamente articulada com a forma geométrica que a rodeia. A coluna de som que parece flutuar em sintonia com as ondas musicais mas acompanhada por dois livros numa simbiose de artes e universalidades. Mais um pormenor - a peça no plano mais inferior do conjunto. A leviana análise do observador aponta no sentido de se concluir pela finalidade do suporte físico da obra. Mas o artista vai mais além. Quem cria vê o éter, vê a chuva em dia de Sol, vê a palete das côres em vez do branco baço. Neste caso, o autor, num rasgo de iluminismo, cria a ligação física entre o simbolismo étereo da criação com a natureza terrena do artista que pisa o mesmo chão.
É. Acho que esta obra terá passado um bocado ao lado dos estimados familiares e o Tio Carlos Augusto, na sua humildade, não quis espraiar-se para além da execução do artefacto. Fica aqui, espero, reposta a respectiva justiça. Muito haveria ainda a dizer acerca desta obra, mas deixo-vos com a precaução de não gastar os sentidos que a recontemplação vos proporcionará.

cbarata disse...

Tenho os olhos rasos de água e as lentes embaciadas nweil me bsgdeixam kler u aque screvo hsg Obrugato Miahguuel

joana disse...

que espectaculo! tens mesmo jeito!!!! estou impressionada... a sério.... quando cá quiseres passar, já sabes.... e o IKEA, mesmo aqui ao lado, heheh.....

Rita disse...

Olhe, senhor Bricolage, venho por este meio solicitar a colocação de uma pequena prateleira de especiarias que a minha mittbewohnerina comprou faz tempo, e que ainda não foi colocada.
Neste momento as ditas especiarias correm risco permanente de queda provocada por gatos malucos.
Obrigada.