25 fevereiro 2006

Sábado de Carnaval


Não tinha nada de especial para contar, mas arranja-se sempre qualquer coisa.
Hoje fui a Carcavelos fazer a manhã na clínica de uma colega. Até uma galinha me levaram para eu tratar... não sou especialista em galinhas, mas lá lhe dei o antibiótico e vi o seu bico abcessado e malcheiroso... felizmente a seguir veio um labrador fofinho para vacinar :)
À tarde lá fui eu pôr-me de molho na piscina, com as crianças ainda meio mascaradas (é impressão minha, ou este ano é só Zorros, Tartarugas Ninja e Homens Aranha?!)

Fica aqui o mote para as fotos das crianças e não menos crianças tudo mascarado!
Prémio para o mais original!

A foto da Natascha culta (em cima do jornal) é só para ilustrar o que por aqui se faz neste serão de chuva :)
Com este post termino a minha (muito) longa ausência e vos desejo um BOM CARNAVAL!!!

20 fevereiro 2006

Baile de Gala dos Finalistas da Escola Naval



Pois este ramo da família esteve na Base Naval de Lisboa, mais propriamente na Escola Naval para a ceia e Baile de Gala dos finalistas do curso VALM Alfredo Botelho de Sousa.


Arranjadas as fatiotas, tomados os banhos respectivos, só a minha barba não cresceu o suficiente para estar apresentável. Nada que um bom escanhoado não resolvesse.
Depois das ordens e contra-ordens do Cadete Pinheiro Simões em relação à hora da presença lá fomos até ao Alfeite que fica a uns bons 7 minutos de casa.
Estacionada a viatura na parada, caminhámos até à passadeira vermelha e ao comité de recepção que tinha em primeiro lugar o Almirante Junceiro, Director da Escola e Senhora, o primeiro aluno, Goulart e acompanhante, Comandante do Corpo de Alunos, etc., etc..
Depois de nos concentrarmos todos no átrio, devidamente servidos de aperitivos e bebidas estimulantes do palato e apetite, entre conversas e encontros às 22 horas entrámos na sala de repasto. As mesas de 10 pessoas muito bem apetrechadas e ornamentadas, e como diria a Tia Teresa havia um cheirinho a sabonete que até apetecia, iniciou-se a função.


Na mesa estamos para além de nós, os pais da Inês, Isabel e Francisco, o Pedro, Cadete Fuzileiro, seguindo pisadas de seu pai, CMG F. Lhano Preto, e a sua Clara Mendes, estudante de Medicina em Cádiz.
Da ementa nem vos conto, mas posso garantir-vos que o Magrêt de Pato estava bom.
A música que acompanhou o repasto era de cordas. Violinos, violas e violoncelos que desde as 4 estações nos levaram até eu sei lá aonde.



Terminada a refeição, e a um sinal que eu não descortinei, sai o Pedro Preto da mesa e “ataca” a valsa de abertura do baile com a companhia de outros cadetes, Goulart fuzileiro também e cadetes mifes (raparigas) que se dirigem à mesa que presidiu e de lá arrastaram o Almirante Junceiro e senhora, provavelmente o CEMA e senhora e foram pisá-los para a pista ainda que disfarçadamente ao som de uma valsa que não recordo.
Certo é que na Escola Naval não tenho notícia de aulas de dança, mas nestas alturas faria falta algumas para evitar contusões nos pés dos convidados.



E depois foi dançar até às tantas. Ficámos até às 3 horas mas ficámos muito bem representados por todos os cadetes, convidados e acompanhantes que resolveram ocupar os lugares na pista que nós deixámos livres.


Entretanto uma imagem dos militares que nos fizeram companhia e ajudaram estes pobres civis a divertirem-se numa festa que era deles e que nos deram a honra de os acompanhar.

Finalizando a imagem tradicional que todos gostam de tirar.
Os camaradas de curso com as suas fardas de gala.











E até ao próximo Baile de Gala que nos convidem.

19 fevereiro 2006

Tia Albertina

Faz hoje 101 anos a decana da família: a nossa querida tia Albertina . Nesta fotagrafia tirada quando a Vó Lia fez 80 anos estão as duas uma maravilha, quem sabe confidenciando alguma novidade da família que ambas tinham bem grande. Falei com a Maria Delfina para lhe dar os parabéns e infelizmente a tia está mal embora sem sofrimento. Lembro-me de ir á Sertã, que era sempre um passeio ao passado ( e em certa medida ao atraso ) e de ficar sempre encantada com esta tia que, embora vivesse num sítio onde nada acontecia, era muito evoluída, esperta e sempre bem disposta. Tem uma boa herdeira: a que todos nós conhecemos melhor- a prima Maria Emília. Muitos parabéns Tia Albertina.

18 fevereiro 2006

Pedagogia do gosto

É raro ouvir alguém dizer que não gosta de ler. É socialmente intolerável demonstrar tal "deficiência" e as pessoas dizem que não têm tempo ou dão qualquer outra explicação. Acho bem! Assim contribuem, pedagogicamente, para deixar aos mais novos a ideia de que a leitura é uma coisa da qual não fica bem dizer mal.
E a matemática? Aí já não é bem assim. Os miúdos, às voltas com a escola, já ouviram em toda a parte, na família ou na televisão, do pai ou de um governante qualquer, desabafos exorcistas contra a matemática. Por vezes até se lhes pressente um certo orgulho nas declarações de "nunca percebi nada disso". Os putos ouvem, imitam e ganham autoridade para detestar.
Quanto à música, ninguém diz que não gosta de música. Pode não se gostar de muita música, ter um gosto normalizado ou minoritário mas, e acho mesmo que é verdade, toda a gente gosta de alguma música.
O que eu não compreendo mesmo é porque é que todos aqueles que andavam na escola e foram postos na última fila do canto coral, todos a quem o professor disse que eles eram os mais desafinados alunos de que tinham memória, todos os que foram aconselhados a não cantar para não estragarem aquilo tudo, todos esses, me vêm, em catadupas, dizer-me isso. Não dá para acreditar. Basta saberem que eu sou professor de música para virem, todos contentes e vangloriosos, espetar-me com as suas deficiências musicais. Garanto-vos que não dá para acreditar!!
Ando agora a fazer um curso que pretende juntar valências de música e de português. Só queria que vissem os de português cheios de medo: "Eu? Música?". Era o que faltava se eu, que não fui nenhum Aquilino quando andei na escola (ou será à escola?), dissesse que tinha medo de praticar português. Ora bolas!!
Vamos mas é respeitar as nossas fraquezas e lamentar a falta de sorte com alguns caminhos que fizemos. Todo o conhecimento científico ou artístico tem o seu valor e a miudagem tem que ter exemplos de respeito por isso.
E já agora, não digam nada a ninguém mas eu não gosto nada de "ballet". É pena!

17 fevereiro 2006

fui enganado

Uma pessoa passa uma semana a estudar, e chega a casa já depois do aborrecido (mas necessário) exame para ver o seu pai na televisão, que ia tocar no Portugal No Coração, e depara-se com o Luís Filipe Reis a cantar "Olé olé olé, viva a nossa selecção..." e apanha uma desilusão, claro que apanha. Além do susto, que o Luís Filipe Reis mete medo.

Publicidade enganosa, é o que é...

(Depois foi desmentido, mas tarde demais...)

16 fevereiro 2006

NASCEU O MANUEL

Pois é! a netada da avó Lia acaba de ganhar novo membro.
No dia 14 de Fevereiro perto da meia-noite, a Bita Marrita, deu à luz em Coimbra, um rapagão com 3,250 kg. O parto correu o melhor possível e estão todos felizes da vida.
Diz a avó Elza que o rapaz é sossegado e dorminhoco como a mãe.
Estão fotografias prometidas pela família, que serão publicadas neste blog logo que possível.
Parabéns a esta família! beijinhos muito especiais para a mãe.

(Se alguém quiser os contactos telefónicos da Bita e da Sra.D.Elza peçam-me).

15 fevereiro 2006

Viva o exercício físico

Sim senhor! Viva o exercício físico! tudo isto é muito bonito mas não se deve exagerar. Passo a explicar:fui, hà tempos, abordada pelas minhas sobrinhas Inês e Claudia...e por que torna e por que deixa, que estavam a fazer ginástica num sítio muito giro...e a tia devia vir conosco...fazia-lhe bem....conviviamos um bocado...conversávamos,etc. Confesso que fiquei entusiasmada não só por ir fazer ginástica, mas também porque gosto de estar com as ditas piquenas. Bem, resunindo, ontem lá se proporcionou e lá fui eu de saco? toda equipada ter a casa da Inês seguindo depois para o ginásio. Aí é que começou o problema. Puseram-me a fazer uns passos para a direita e para a esquerda, estilo dança em alta velocidade com simulação de murros (no ar) á mistura, de tal maneira que uns minutos depois se me perguntassem o meu nome acho que não saberia responder. Mas lá aguentei até ao fim como uma heroína, embora tivesse saído um pouco trôpega. Fiquei a pensar que as minhas queridas sobrinhas, na ânsia de fazer reuniões familiares estavam era a ver se, á custa do meu falecimento por exaustão, conseguiam uma sem grande esforço. A Inês até comentou á saída: «a tia está tão vermelha!» Pudera, não havia de estar..
Agora a sério: gostei imenso de ir com a Inês e tive muita pena de a Claudia não ter podido ir (fazia não sei quem anos...) .Queridas sobrinhas adoro-as e espero estar mais vezes com vocês mesmo sem ginástica

Parabéns sobrinho Miguel

Partindo do princípio que mais vale tarde que nunca aqui estou eu a desejar-te muitas felicidades (que original!). Tenho a acrescentar que esta humilde homenagem só é escrita hoje porque o meu computador é muito temperamental e resolveu desconfigurar-se, coisa que eu não sei o que é, mas deve ser qualquer tipo de mau feitio da parte dos computadores, pois só sei é que ficámos sem internet. Depois desta explicação resta-me acrescentar que espero que o Miguel continue cheio de garra e espírito a escrever posts tão giros, que não há neura que resista á sua leitura, embora tenham que ser lidos com espírito descançado e tempo suficiente para ser possível dar-lhes toda a atenção que merecem. Obrigada Miguel e mais uma vez PARABÉNS. A fotografia junta já tem mais de quatro anos, mas como todos os aniversariantes têm todos tido uma...

13 fevereiro 2006

O Miguel Aviador...

... faz 492 meses hoje, dia 14 de Fevereiro. Que a sua inteligência e bom trato de caneta lhe permitam continuar a oferecer-nos as maravilhosas prosas com que, volta e meia, nos brinda. Que a graça da boa sorte o ajude a tornar a sua família mais próxima feliz. E a outra menos próxima também. Nós cá, na medida das nossas possibilidades, estaremos prontos para ajudar no que for preciso. Parabéns!!

Avó Rufina

Depois de os meus irmãos blogantes terem feito maravilhas com os seus textos, que eu li deliciado, muito pouco fica a dizer sobre o tema que está como título. Como sempre fui muito comemorativo sempre me lembrei do aniversário duplo mas nunca foi como este ano. E como era uma pessoa de quem nós gostavamos muito, o trabalho que os escreventes tiveram foi muito bem empregue.
Continuo a achar que a minha irmã-madrinha Doutora Maria da Graça devia fazer um esforço para se modernizar porque faz cá muita falta.

A importância do "13 de Fevereiro"



Também eu, naturalmente, acho que a avó Rufina, a única avó que conheci, foi a melhor do mundo!
Tinha uma figura muito engraçada, pequenina, muito rolicinha, aqueles olhos doces , o cabelo muito branquinho, às vezes lilaz, sempre no sítio, sempre muito bem cheirosa com aquele perfume comprado a peso, a pele muito branquinha.
Não vivi como os meus três irmãos mais velhos em casa dos avós, mas, enquanto estudante em Lisboa, ia todas as 5ªfeiras jantar e dormir lá a casa, para grande alegria dos dois e minha também.
Substituia-os nalgumas tarefas rotineiras como pôr e levantar a mesa e jogar ao serão, krapô com o avô. Se hoje jogo alguma coisa de jeito ao meu mestre devo.
Mimavam-me o mais que podiam.
A avó era supersticiosa com o número 13, pelo menos à mesa não deixava sentar esse numero de pessoas. Bem me lembrei dela no Natal. Na nossa mesa eramos 13. Ainda hesitei, mas como eu não sou supersticiosa deixei estar assim.
Ironicamente nasceu e morreu no dia 13.
Super despachada, decidida, muito generosa, bem humorada, optimista, irrequieta, ainda parece que a estou a ver a ler o jornal de trás pra frente, de joelhos no chão e de rabo pró ar.
A mãe dizia que eu tinha herdado dela a destreza no manejo da máquina de costura. Orgulho-me disso.
Hoje, se cá estivesse, continuaria a ter o maior orgulho na família, falaria de todos sem qualquer espécie de isenção, mesmo que fossemos uns estafermos, ela acharia o contrário e defender-nos-ia de quem quer que fosse que o dissesse. Coisas de avó!

Adoro-te e nunca te vou esquecer...avó!
a 5ª neta

(tinha 6 meses na fotografia)

12 fevereiro 2006

Avó Rufina - 120 anos

« Reza determinado livro de assentos de baptismo que no dia 13 de Fevereiro de 1886 nasceu na vila de Almeirim uma menina a quem foi posto o nome de Rufina Margarida ao ser levada pela primeira vez á Igreja Paroquial para se fazer cristã.» É assim que começa uma missiva escrita pelo avô Zé para a avó Rufina há precisamente 40 anos quando ela fazia 80 belas primaveras. Gostava de ser capaz de escrever qualquer coisa sobre a Avó que contribuisse para todos a conhecerem melhor. Pode parecer um lugar comum, mas é mesmo verdade - eu tive a melhor Avó do mundo. Tive o previlégio de viver em sua casa durante os anos em que andei a tirar o curso, e todas as memórias que tenho desse tempo são tão boas que me é dificil destacar episódios. Lembro a sua preocupação em receber bem as minhas amigas que iam estudar comigo lá para casa, muitas vezes noites inteiras (coisas feitas á última hora),arranjando -nos miminhos para nós comermos... lembro quando eu não saía ao fim de semana a sua preocupação por eu não me divertir...lembro os recados cheios de humor que me escrevia quando ia de férias e me deixava tarefas para eu fazer, como dar comer ao gato e outras...lembro os gestos tão dela, como sacudir com as mãos as migalhas de cima da mesa, ou atirar o saco de guardanapo para trás das costas. Era tão querida esta Avó , contava tão bem episódios da sua longa vida que eu ficava deliciada a ouvi-la. Fiquei íntima da Dona Maria Batalha... das irmãs Bouto... e com a impressão de ter assistido a todas as festas descritas com tanto colorido. Embora tenha sempre presente a memória desta Avó tão querida, hoje tenho-me lembrado mais da Avó Rufina do que é costume, talvez com a preocupação de escrever alguma coisa sobre ela no blog, e isso leva-me a concluir que ela não morreu nunca na nossa memória e no nosso coração e esse facto só vem provar o que eu antes disse: eu tive a melhor Avó do mundo. (Parece-me que ainda por cima o seu exemplo foi tão bom que a geração a seguir teve também a melhor Avó do mundo). As fotos que aqui vão foram tiradas no dia 13 de Fevereiro de 1976, fazia a Avó rufina 90 anos, precisamente há 30 anos.

10 fevereiro 2006

Na Helvécia...

Estimados familiares,
Regresso ao convívio falando-vos em directo de Nyon-Suíça. Esta bela localidade, que à beira do lago germinou é sobejamente conhecida pelos amantes do esférico pelo facto de aqui se situar a sede da UEFA, local onde se realizam os sorteios para as Taças Europeias (é precisamente aqui que o Benfica vai saber que vai jogar com o Chelsea nos quartos de final e com o AC Milan nas meias-finais da Liga dos Campeões). Coincidentemente, este lugarejo é também o local onde se situa a sede da minha (salvo seja) companhia.
Mas não fazemos sorteios.
Ora bem, pois porque os afazeres me chamam, aqui estou eu a helveticar precisamente uma semana depois de cá ter estado numa interessante viagem que consistiu em meter-me num avião em Lisboa, do qual saí directo para uma carrinha de um hotel situado a 300m do aeroporto, passando o dia seguinte fechado numa sala, ao fim do qual voltei a entrar na diligente carrinha que amavelmente me largou no aeroporto, onde apanhei o avião de regresso. Isto é que eu chamo viajar. Vá lá, ainda deu para ver, nessa manhã, que estava bom tempo o que dá sempre jeito para usar como desbloqueador de conversa.
Mas adiante. Penso que quando se vem assim a um sítio tão iconizado como a Suíça trazem-se sempre algumas expectativas. E portanto, estas viagens acabam por ser um esgotante exercício de gestão de expectativas. E caríssimos e prezadíssimos familiares, há aqui coisas que me deixam lixado. Isto, digamos, para usar uma linguagem mais directa. Mas vamos por partes.

Aliás, cabe aqui fazer um aparte (o que em si é uma redundância) para explicar que esta situação que encontrei de dividir isto por partes é especialmente dirigida à Tia Guida que manifestou no pretérito dia de descanso complementar (vulgo, Sábado) o facto de as minhas blogantes entradas exigirem algum fôlego. Penso que pela dimensão métrica das mesmas. Ora este formato que encontrei, já permite, à laia de exemplo, o Tio Luís chegar a casa e perguntar "Então Guida, o que fizeste hoje?", "Olha estive a ler a parte 1 da entrada do Miguel por sinal muito interessante" (isto já sou eu a fazer um bocado de auto-promoção),"Eh pá, a ver se também arranjo coragem para isso, são muitos ecráns?"... e tal. E para aí uma semana depois em conversa com a Inês "Inês acabei agora mesmo de ler a parte 4 da entrada do Miguel e olha que até tá giro" (mais um bocado de autopromoção...), "ah Tia, veja lá que sorte que eu ía na parte três barra dois e caiu-me a ADSL e agora já não sei se arranjo coragem para recomeçar". Pronto, penso que fica aqui a ideia, e acho que com este bocadinho de organização a coisa vai lá.
Regressando ao tema, e para não haver qualquer confusão com o acima exposto (nomeadamente na parte autopromotiva), até vou enveradar pela numeração romana para não haver possibilidade de comparações. Começo assim na parte Pau e sinceramente, neste momento, desconheço se chegarei à parte Pau-Vê.

Portanto, Parte Pau:
Dizia eu que vir aqui é gerir expectativas. Passo ao desenvolvimento. Uma das coisas que ressalta do ícon suíço são as vacas. Daquelas grandes, às manchas, com o berloque chocalhante num tão tlão permanente. Ora bem, um tipo desembarca aqui no aeroporto, vai pelos corredores e passadeiras rolantes e... eh pá, nem uma vaca! Nada! Eu acho que, no mínimo, deviam ter aí umas duas dúzias de vacas às manchinhas pretas e brancas a passear pelo aeroporto, a viajar pelos tapetes rolantes, a passarem no raio-x, a pesarem-se nas balanças do check-in, e assim. Então isto é que é a Suíça? Mas será que estão a mancar connosco? Enfim, neste aspecto, uma desilusão completa. E, naturalmente, a malta começa a ficar com o humor toldado.
Outra situação que entorna ainda mais o caldo para cima do humor é que também não se vê ponta de erva neste aeroporto. Pá, então estes gajos não são capazes de plantar aqui uma ervita para a gente perceber que está na Suíça? (refiro-me, obviamente à erva que o ícon suíço posiciona nas montanhas, normalmente por baixo dos pés do quadrúpede acima mencionado). Enfim, é absolutamente escandaloso. É que nem há assim um quadradinho para a gente poder dizer "pronto, fosteis comedidos mas pusesteis aqui qualquer coisa, já me dá a ideia que estou na Suíça". Nada, rien! Penso que isto é comparável com a desilusão que seria chegarmos ao aeroporto de Lisboa e não podermos apreciar o chão sujo com a típica escarreta lusa, com os restos de pastilha elástica ou mesmo não conseguir encontrar nas ruas de Portugal a defecante prova da presença de aparelho digestivo no animais domésticos. O que é que o desprevenido visitante iria pensar? Que tinha chegado à Suíça, não? Boooolas!
Termino esta parte pau, com outra situação que eu acho que deixa qualquer visitante com os nervos em franja. Esta aqui é que me põe mesmo fora de mim. Aqui a Suíça também é sinónimo de chocolates, verdade? Assim como na Escócia há o uísque e na Arábia Saudita há dinheiro. Ora todos sabemos que na Escócia há torneiras das quais brota o destilado, assim como na Arábia Saudita as torneiras são em ouro. Agora... vocês pensam que aqui há torneiras que deitam aqueles chocolatinhos suíços que têm a fotografia do repuxo aqui de Genebra e as vaquinhas nas montanhas e mais não sei o quê? O caraças é que há, pá! Isto é um escândalo! Isto é uma fraude! Tá bem, concedo que se calhar é tecnicamente complicado fazer isso mas então procurem alternativas. Por exemplo, há aquela sala em que a malta aguarda a chegada das malas, contemplando o monótono tapete que não pára de andar à volta enquanto o pessoal se afussanga todo para sacar aquela mala verde para afinal chegar à conclusão que a mala não era aquela e que "porra eu bem te disse Maria para não comprares uma mala igual à dos outros, és sempre a mesma coisa (tou a pôr a coisa suave)" e tal. Ora bem, era simpático, diria mesmo expectável que do tecto desta sala de vez em quando jorrasse uma quantidade dos ditos chocolatinhos. Mas pensam que sim? O caroço, é que jorram!
E por acaso esta coisa de jorrar do tecto qualquer coisa até me faz lembrar outra que, então, me deixa no limiar da histeria. Os estimados familiares, que ainda não desistiram de ler isto, tão mesmo a ver, como eu, aquelas montanhas cheias de neve, brutos nevões e tal, não é? MAS VOCÊS PENSAM QUE ALGUMA VEZ NEVA DENTRO DESTE AEROPORTO? O canudo, pá! O canudo! Estas energúmenos têm o aeroporto a uma temperatura que parece que estamos na República Dominicana, pá! Chiça... até vou passar directamente para a parte Pau Pau a ver se ainda evito uma apoplexia.

Parte Pau Pau:
O meu trajecto a seguir a transpôr as portas para a área pública das chegadas, aquele sítio onde estão aqueles senhores com uns cartazes pendurados a advinhar se eu por acaso tenho cara de Rasmundsen, Salamaniev ou mesmo Ivokuchenko, é quase sempre o mesmo. Noventa graus à esquerda em direcção à estação de comboio. Nesta fase credito um bocado as minhas impressões. Houve aqui alguém que se lembrou que era capaz de dar jeito espetar com uma estação de comboio no aeroporto. Raciocínio que de facto já não está ao alcance de um país como o nosso, veja-se o Aeroporto da Portela que opera à dezenas de anos sem esta infra-estrutura. As coisas permanecem no assento positivo quando me desloco à máquina automática para comprar o bilhete de comboio. Sim senhor, pá, quase que me correm as lágrimas pelo faucis abaixo. Dez Euros por um mísero bilhete em 2ª classe numa viagem tipo Lisboa-Estoril, isto sim, já é qualquer coisa digna da Suíça. Infelizmente a entrada do comboio volta a reverter a situação. Vai um meco a contar com uma coisa toda arrumadinha e limpinha e vai daí surge ao viajante uma carruagem com ar assim-assim, com jornais espalhados no banco, e o diabo a sete. Eh pá, mas então onde é que está aquele país onde está sempre tudo limpinho e arrumadinho? Tão a gozar, não? Vá lá que o comboio parte à hora para isto ainda ter o arzinho da sua graça, e a viagem até decorre bem com uma senhora a falar nos altifalantes numa data de Línguas, a desejar as boas-vindas e a explicar que a estação a seguir é Genève, que o comboio é isto e aquilo, que vai directo para não sei onde e por isso não pára não sei que mais... Enfim, até estiveram bem e para não borrar a pintura avanço já para a...

Parte Pau Pau Pau:
A parte final do meu típico percurso compõe-se de um trajecto a pé desde a gare ferroviária até ao Hotel, prasenteiramente ubicado na borda do Lago Léman, colaborando a meteorologia, com vista para o Monte Branco que se ergue lá do outro lado do lago, mais ao longe. É justo referir que a iconografia aqui não falha pois se falamos num trajecto que a pé se faz em 10 minutos, imagine-se de taxi. E, como manda a expectativa o motorista não revela qualquer aborrecimento pelo trajecto semelhante a ir do aeroporto à rotunda do relógio não nos presenteando pois com a habitual colecção de impropérios começados por diversas letras como o "c" o "f" o "p" e outras. As ruas estão globalmente limpas ninguém parece gamar as flores dos canteiros mas eh pá, nem tudo pode ser perfeito. ONDE É QUE ANDA A HEIDI, Ó MEUS? ONDE PUSESTEIS O MARCO? Já me está a chegar a especiaria ao nariz novamente! ONDE É QUE ANDAM AS MENINAS DE TRANÇAS e meias altas? MAS QUE FLOP VEM A SER ESTE?

Digo-vos estafados (imagineu eu) familiares que só há uma coisa que me deixa, neste ponto, aqui mais satisfeito. Chegado ao hotel (um 4* de vilarejo) confortável mas nada de transcendente apresentam-me uma tarifa que ronda os 280 Euros. É ASSIM MESMO, PÁ! ATÉ QUE ENFIM ALGUMA COISA DE JEITO! E ainda melhora ao jantar que isto se um magano envereda por entrada mais peça de resistência, desliza na sobremesa e termina no "espresso restraite", não avança menos de 40-50 Euros. FORÇA NISSO, RAPAZIADA! Finalmente alguma coisa que não é deixada ao acaso. Outra coisa porreira aqui é que se pensam que se desenrascam uns Breitling a melhores preços, desenganem-se. É tudo mais caro. ASSIM É QUE É, PÁ!E até vos digo, isto está a correr tão bem que me vou já despedir para não correr riscos do ambiente se toldar novamente e lixar as expectativas.

O que são boas notícias para a Tia Guida. Porque não cheguei a atingir a almejada Parte Pau Vê, muito menos por conseguinte, a Parte Pau Xis. Agora segue-se a luta de conseguir rede 3G com força suficiente, o que I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL-MENTE não se consegue por aqui. Uma coisa que está ao alcance de qualquer tasca no Alentejo. Pois é, ainda me vão fazer chegar os sumos de azeitona...

Nota final: conseguindo eu combater este obstáculo tecnológico, enquanto vou dobrando as camisas para pôr na mala, vai seguir a publicação sem a fotografia da praxe para amenizar a paragrafiada. Mas prometo que no decorrer do dia de descanso complementar ou, o mais tardar, no dia de descanso obrigatório, edito o presente com o postalinho aqui da terra.

Nota final final: como já era de supôr, o obstáculo tecnológico fez jus ao seu apanágio e escrevo-vos esta nota final final já na sala de embarque do aeroporto, para publicação apenas à minha chegada. Esta é uma entrada volante, portanto.

06 fevereiro 2006

Nadadores

Desculpem lá mais uma incursão pelo desporto aquático deste raminho baratal mas acho que, para além de ninguém escrever nada desde que aqui houve notícia de uma mimosa vítima da neve que retirada foi de uma mui nobre casa dos arredores scalabitanos, esta natatória informação tem a sua piada.
Ora eu e os meus queridos filhos fazemos parte, eles por vocação atlética e eu por pura saloiíce, de um clube de natação que se chama "Masters de Almada". Diga-se que "masters" não é uma aristocratice qualquer mas sim a classe de nadadores que já não fazem natação federada. Este clube participa em competições no Inatel e teve, este fim de semana, os Campeonatos Distritais de Lisboa. Os atletas e os "atletas", com aspas para o meu caso, são agrupados por escalões segundo a sua idade e nós , que nadámos pela 1ª vez os três juntos, arrebanhámos uma mancheia de medalhas que, embora não tenha ainda visto, são certamente de ouro. Sem ter ainda as classificações oficiais temos a certeza que eu e o Eduardo ganhámos, nos nossos escalões, os 200 metros estilos, eu ainda ganhei os 400 e 800 livres e ele os 100 livres os 100 bruços e 100 mariposa. A Rita também teve primeiros lugares mas eu, peço desculpa mas não sei em quê.
De referir que enquanto eu nunca tive mais que três ou quatro adversários o Eduardo tinha vinte ou mais. Tudo é relativo.
Mas é engraçado eu andar ali com os meus meninos e acho que eles também gostam.
Desculpem por esta já ir longa e assim me despeço com abraços e beijinhos para todos do Carlos Augusto
As fotos são do site oficial do clube. G'anda pinta.

03 fevereiro 2006

Euphorbia pulcherrima



Esta lindíssima planta, oriunda do México é mais vulgarmente conhecida entre nós por Estrela de Natal.
Acontece que a que é exibida nesta fotografia, oriunda quiça, da China, confeccionada em seda chinesa ou tafetá de primeira qualidade, pertencia à colecção de exóticas da Avó Lia.
Ocupava lugar de destaque na cozinha, em cima da máquina de lavar roupa, à esquerda de quem entra, como devem estar lembrados.
Beneficiava de cuidados frequentes da sua dona, tais como; água, adubo, um jeitinho aqui outro ali, enfim.......tudo aquilo a que tinha direito.
Certo dia, numa das minhas visitas a casa da mãe/avó, comento a "beleza" da planta, com um leve tom de gozo, referindo o facto de, muito provávelmente, ter vindo de alguma ranhosa "loja dos 300".
Qual não o meu espanto quando me apercebo do espanto da mãe/avó. Dotada do grande humor que todos lhe conhecemos, desata numa gargalhada contagiante e diz-me:
-"Ah! eu bem me admirava que a flor durasse tanto! mas, atribuía isso aos bons tratos que lhe dava..."

Como pequenas coisas, aparentemente tão insignificantes nos trazem memórias tão agradavéis e engraçadas.
A dita planta ocupa, desde que a trouxe de Almada, lugar de honra no parapeito da janela da minha cozinha.
Cada vez que lhe ponho os olhos em cima, lembro-me da mãe e rio-me...!

01 fevereiro 2006

E quem é que faz anos hoje? Quem é, quem é?


É o Vasco Maria, faz 2 anos.
PARABÉNS!
Que passe este dia muito divertido, ao pé da sua família mais chegada, que tenha muitas prendas e que seja muito feliz!
Esta fotografia foi tirada no 93º aniversário da Avó Lia. O aniversariante está ao colo de sua mãe.