07 março 2006

Uma foto fantástica.


Cá estou eu mais uma vez, depois de ter ido à RTP fazer figura de músico, preparado para mais uma inserção. Embora me sinta muito só cá vou falando para o éter à espera que alguém me responda. (Não é éter, são bytes no ciberespaço, mas vocês percebem a ideia)
Esta fotografia pedi-a eu à minha mãe para digitalizar e não devolvi. Isto quer dizer que é de todos nós. À frente está uma menina que dá pelo nome de Avó Rufina e ao seu lado o seu pai, meu bisavô. Contava a minha mãe que ela tinha fugido para ir ao piquenique com o pai e que estava aflita que a mãe lhe chegasse a roupa ao pelo. Enquanto a pequenina burguesia comia o campesinato à volta olhava e pousava para a máquina.
Este meu bisavô era recordado pela minha mãe com muito carinho e como tocava bandolim devia ser boa pessoa. Às vezes ia assistir ao estudo de piano da minha mãe e entrava mudo e saía calado a rosnar uns assentimentos positivos. Era um querido...

2 comentários:

Anónimo disse...

Esta fotografia é mesmo espectacular! transmite uma calma e uma serenidade, parece que aquela gente tinha o tempo todo do mundo...Como era diferente a vida no século IXX.
Que idade teria a avó? aí 7 ou 8 anos? e o seu pai? pela fotografia parece ter mais de 60 anos, o que não deve ser verdade. Naquela época as pessoas tinham um ar mais pesado do que hoje. Agora não há velhos! ninguém quer ser velho. Nem eu!!!

Tia Guida disse...

Que belesa de fotografia, e como a Lena tem razão acerca da paz que transmite este conjunto de jovens de 60 anos ou mais, com ar de não ter mais do que fazer senão gozar as maravilhas dum piquenique no campo. Que sorte a deles.