22 julho 2006

Faz hoje 22 anos

O Vô Zé era uma passoa muito especial que nos tratou a todos nós sempre o melhor que foi capaz, e muitas vezes me lembro eu, era com algum sacrifício que levava esta filharada toda à praia ao fim de semana. Para a geração mais nova deve parecer estranho meter-se uma família tão grande num carro tão pequeno (Sinca Azul) e andarmos cerca de 100 km, para passar o dia na praia. Tenho óptimas recordações desses passeios cheios de peripécias, paragens para xixis e vomitórios, por estradas muito estreitas com o nosso pai a conduzir ao meio e a nossa mãe a dizer: "ó Zé vais mesmo no meio da estrada, chega-te para a direita!" - e o pai muito certinho sempre ao meio. Este mês de julho tem sido um pouco dificil para mim e penso que para nós todos. Vêm-me á memória cenas da minha/nossa vida que tão depressa me fazem sorrir como logo me fazem vir as lágrimas aos olhos. Tudo passa tão depressa, e as recordações de infância parece que aconteceram ontem. Tivemos uma infância feliz e aos nossos queridos pais o devemos, pois eles bem se esforçaram por fazer de nós alguma coisa de jeito. O resultado final talvez tenha ficado aquém das espectativas, mas paciência...foi o que se pôde arranjar. Hoje é mais um dia para recordar e para curtir bem fundo as nossas SAUDADES.

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostei imenso de ler!
Deu-me a conhecer coisas que nao conhecia.. :')

Beijinho

Lena disse...

As nossas viagens dentro do Sinca davam para escrever um livro de aventuras.
Lembram-se do homem que encontravamos na estrada sempre que íamos à praia, Nazaré e outras, que levava na cabeça uma série de chapéus? gargalhada geral quando o víamos...
E da irritação e rabugice geral nas alvoradas nas ditas idas à praia. Era a Lena que não queria tomar o Vomidrine, o Carlos Augusto que não se queria levantar...o pai todo irritado porque o horário estipulado não estava a ser cumprido...finalmente lá entravámos todos na viatura e como erámos muitos e havia sempre o risco (já tinha acontecido)do guarda freio arrancar sem os passageiros todos a bordo, a co-pilota só fechava a sua porta depois de certificar que não tinha ficado ninguém em terra.
Finalmente todos arrumados, a boa disposição instalava-se, o pai pedia beijinhos a todos e lá partíamos à aventura.
Eram dias muito bem passados, que incluiam piquenique no pinhal. Percorríamos por vezes grandes distâncias até encontrar o local ideal para o pai, com todos já fartos e achando que qualquer um servia. Acabavamos, quase sempre, depois de tanta escolha, num dos piores que tinhamos avistado.
Enfim, grandes recordações!
Não sei se consegui que os meus filhos tivessem uma infância tão feliz como eu.

cbarata disse...

Acho inacreditável que a Dona Lena não tenha escrito um post com o que escreveu no comentário anterior. Qualquer dia meto uma cunha aos administradores para acabar com os comentários. No blog do Eduardo (da Holanda )os comentários desapareceram. O que sobressai são os postes. Guardam-se as cartas e deitam-se fora os post-it's.

Rita disse...

Este meu comment não dava um post. É mesmo só pra dizer que cá li (e gostei :)