13 janeiro 2008

Natal de 2007

Está passada a “ressaca” natalícia, tudo ou quase tudo já está arrumado, até à 4ª edição do Natal da Baratada, na Cruz de Pau, se assim o desejarem, e espero bem que sim.
Dá-me uma satisfação enorme, ter a honra de me deixarem continuar o trabalho da mãe.
Todos os meus natais e já lá vão uns quantos, foram passados com vocês (desculpem-me, convosco!) e não os consigo imaginar de outra forma, semvosco.
Ao longo de todos estes anos, as coisas foram mudando, os actores foram sendo substítuidos, entrando em cena em maior número do que aqueles que saíam. Nos primeiros natais de que me lembro, passados em casa dos avós em Alhandra, éramos só 10 (que sossego!!!). As prendas ( ou presentes, como lhes queiram chamar) eram colocadas na chaminé por gente generosa e os pedidos feitos pelos CTT ao Menino Jesus eram quase sempre satisfeitos. Lembro-me que num desses natais a minha curiosidade em ver quem ia pôr os presentes nos nossos sapatos, levou-me a ter um gesto, do qual, já tarde, me arrependi, espreitei pelo buraco da fechadura da porta da cozinha. Lá se foi a fantasia, a avó e a mãe distribuíam pelos sapatos, os presentes, que nessa altura só eram abertos na manhã do dia 25. Fiquei triste, as coisas já não tinham a mesma graça. O Carlos Augusto, além dos 2 anos a mais que eu, era mais esperto e já ninguém o enganava, - “estava farto de saber“
Mais tarde, não sei bem quando, os Natais passaram a ser festejados em Tomar, com os avós, a tia Otília, a Tia Maria José e a nossa querida prima Preciosa, uma doçura.
Quando viémos para Almada, em 1970, iniciámos a época mais longa de Natais passados no mesmo sítio, 34 anos.
Ao longo dos anos, os mais velhos, depois os mais novos, foram casando , trazendo os(as) seus caras metade, depois os filhos, depois os caras-metade dos filhos, os filhos destes e daqueles, mais os que não podemos nem queremos deixar sózinhos e chegámos a este ano de 2007, com um número de participantes, talvez record, de 42 (census do Carlos Augusto).
Se tivermos em conta, que da geração produtiva, só 5 de 14 têm sucessores, a uma média de 2 por cabeça (não aceitamos menos) a geração dos bisnetos ainda pode ter mais 18 elementos. Ora 42 + 18 = 60. Será que ainda nos conseguimos arrumar cá em casa, ou teremos que pensar em alugar a FIL?
Queria agradecer a todos, os mimos que nos deram, não só os materiais, mas, sobretudo, a partilha de sentimentos, que muito nos estimulam a continuar com pica prós próximos anos.
Obrigado a todos e até breve.
Lena

6 comentários:

cbarata disse...

Acabámos de falar ao telefone e eu ia ver como se registou aqui no blog a ida a Mangualde de há dois anos e bati com os olhos neste Natal. As recordações vinham-me sucessivamente à carola e soube-me muito bem ler tudo aquilo.
Acho que o natal era alternadamente em Alhandra e em Tomar.
Lembro-me de ver um carro de plástico amarelo na chaminé com um papel a dizer "Carlos Augusto" e de ter dito que "o Menino Jesus sabe o meu nome".
Lembro-me de, um ano, ter enchido de cera com um fósforo em cima dezenas de cascas de noz e acendido tudo perto da meia noite noite ao pé do presépio.
Lembro-me de ter dado um penso das feridas a cada pessoa onde estava escrito "penso em ti!".
Que sorte ter tantas recordações.
Muito bonito este post. Obrigado.

Lena disse...

Ainda temos que somar 4 ausências muito sentidas, embora não mencionadas no texto. Continua assegurado o lugar ao lado da Cláudia para receber os presentes!
Passaremos a ser 64!!!!

Lena disse...

o que escreveste nos pensos foi "em ti"

Unknown disse...

Lindo! Depois de ler o que a Lena escreveu sinto uma enorme dificuldade em dizer seja o que for. È tão bom relembrar todos esses Natais passados . Leninha: estás de parabéns. Era dificil alguém fazer um "apanhado" mais bem feito. Como eu me lembro bem da chaminé de Alhandra, e das prendas no sapatinho que nós iamos pôr excitadíssimos á noite antes de deitar. Era uma alegria no dia seguinte logo de manhâ ir ver o que o Menino Jesus tinha deixado. Eu sò percebi que não era bem esta a fonte dos presentes já tinho 9 anos feitinhos. Eramos mesmo parvinhos nesse tempo... as cartas que eu escrevia a pedir um cão ou um canário que nunca me davam e eu sem perceber o que é que o Menino Jesus tinha contra o facto de eu ter animais... Era e continua a ser uma altura do ano muito cheia de recordações e de saudades daqueles que jà se foram e de grande amizade entre todos nós que espero do fundo do coração se mantenha por muitos anos e que estejamos cá todos para ver e desfrutar. Beijinhos minha querida mana e obrigada a ti e ao Mário.

Tia Guida disse...

Eu, em boa verdade, jà percebi que nunca mais me entendo com estas novas tecnologias. Pronto, estão despensados de me obzequiar com adjectivos estranhos. O post em nome do Nuno fui eu que escrevi e não me obriguem a explicar mais nada. Acabou-se. Boa noite.

Unknown disse...

oh mãe... chiça pá...

:)

Eu adoro saber estas coisas do antigamente... faz-me sentir que os meus pais estão já assim a cair pró velhote... ;)

BEIJOS GRANDES PARA TODOS!!!

E que se batam novos recordes todos os anos e que daqui a 32 anos o recorde de Maior número de Natais no mesmo sitio seja de novo batido... :)