22 agosto 2006

Vida real....

Não passaria de mais um banal acidente de automóvel, como tantos outros que acontecem diariamente, não fosse este ter-se passado mesmo por baixo das nossas janelas.
Passava pouco das 7 da manhã quando todos acordámos (à excepção da Clara que julgou estar a sonhar) ao som de um violento estrondo que vinha da rua.
Desorganizadamente, cada um nós procurou o local da casa de onde pudéssemos rapidamente perceber o que se passara.
Um velho Opel Corsa e uma carrinha de caixa aberta tinham embatido com tal violência que fazia prever consequências graves.
Na véspera à noite, no mesmo sítio,ocorrera outro acidente sem consequências de maior, além de amolgadelas nas chapas.
Os Bombeiros Voluntários da Amora, desde há algum tempo aquartelados na outra banda da estrada, rapidamente acorreram ao local com uma viatura de desencarceramento e uma ambulância.
Ainda alguém viu sair do "lugar do morto" mais viva do que nunca, uma senhora, reclamando ajuda. Não voltámos a vê-la.
Nunca tal aparato se tinha visto aqui na rua, polícia, várias viaturas dos bombeiros, ambulâncias, reboques, INEM, além dos habituais curiosos que ainda conseguiram parar. Acabaram por cortar o trânsito nos dois sentidos.
Os bombeiros tentavam retirar o condutor de dentro do carro, se calhar já tarde demais....
Uma viatura do INEM chega entretanto, dois médicos dirigem-se ao interior da ambulãncia, onde já se encontrava o homem, saindo pouco depois.
Perguntávamo-nos: -Terá morrido? Será que está bem e que ainda o vamos ver sair pelo próprio pé? À distância não conseguíamos perceber, mas estranhávamos o facto de não estar ninguém com ele e a ambulância se manter tanto tempo imóvel no local.
Passadas cerca de 2 horas arrancou silenciosa na direcção de Almada.
Não fosse tudo isto se ter passado debaixo das nossas janelas e o assunto rapidamente teria sido esquecido.
Dá que pensar... Num abrir e fechar de olhos tudo pode mudar para sempre.

4 comentários:

Clara disse...

E eu a dormir..

cbarata disse...

Conheço o género da Clara. Quando foi o tremor de terra de 1968 (?)o burburinho foi mais que muito. A Lena apareceu ao princípio, disse qualquer coisa que ninguém percebeu, desapareceu outra vez e no dia seguinte não se lembrava de mada.

Anónimo disse...

e eu conheço o género da Lena :x..acordar,falar e depois nao se lembrar...

Rita disse...

Que grande acidente... Felizmente aqui na nossa rua não há disso, só o muro da vivenda do lado que foi 2 vezes abaixo, mas desde que puseram os reflectores nunca mais aconteceu!